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Teatro Joaquim Cardozo será reaberto nesta sexta-feira (30) com programação cultural que integra as celebrações pelos 197 anos da UFPE

A programação de reabertura do teatro inclui o espetáculo “Restos de Carnaval” e a Expo Bicc

Como parte das atividades de comemoração dos 197 anos da UFPE, o Centro Cultural Benfica promove a reabertura do Teatro Joaquim Cardozo nesta sexta-feira (30), a partir das 18h. O evento contará com uma programação especial, incluindo a estreia da peça “Restos de Carnaval”, dirigida pelo professor e ator Hélio Pajeú, e a abertura da segunda parte da Exposição das Bolsas de Incentivo à Criação Cultural (Expo Bicc), que ficará em cartaz até o dia 31 de outubro.

O Teatro Joaquim Cardozo, equipamento cultural da Superintendência de Cultura (Supercult) da UFPE, foi inaugurado originalmente em 26 de fevereiro de 1980 e concebido pelo professor Milton João Baccarelli, durante a gestão do professor Marcus Accioly. Ao longo das décadas, o teatro tornou-se um espaço significativo para artistas, técnicos e produtores culturais do Recife, tendo abrigado também o curso de Formação do Ator (1986-1991). Grandes nomes do teatro pernambucano, como Hermilo Borba Filho, Isaac Gondim Filho e Lúcio Lombardi, passaram pelo espaço, que está localizado no mesmo casarão onde hoje funciona o Centro Cultural Benfica.

Após um período de inatividade durante a pandemia da covid-19, o Teatro Joaquim Cardozo passou por um processo de restauração e requalificação que durou, ao todo, quatro anos. Agora, o espaço reabre suas portas com uma programação que reflete o legado cultural e artístico da UFPE.

Restos de Carnaval

A peça Restos de Carnaval é uma parte do espetáculo Restos de Felicidade, uma adaptação livre, para a cena, de um conjunto de textos da escritora brasileira Clarice Lispector. Apresentada em forma de teatro narrativo, o monólogo dirigido e interpretado pelo professor e ator Hélio Pajeú e acompanhado pelo pianista e professor Antonio Nigro, traz fragmentos, memórias, saudades e vivências que remetem à infância de uma personagem apaixonada pelo mistério humano e pelo carnaval no espaço-tempo da cidade do Recife. Na encenação, a volição e a delicadeza de uma criança, narrada por um adulto, penetram no juízo dos espectadores a partir da revelação dos seus mais íntimos desejos e inquietações: ser outra pessoa que não ela mesma, questionar sua identidade infantil, sua condição humana e o seu próprio destino. O espetáculo terá duas apresentações: a primeira, às 18h, restrita para convidados; a segunda sessão, às 20h, será aberta para o público, com ingressos distribuídos, gratuitamente, uma hora antes no mesmo local, e sujeito à lotação do espaço.

O espetáculo é fruto do pós-doutorado realizado pelo ator e professor Hélio Pajeú, que atua no Departamento de Ciência da Informação da UFPE, no Institut d’Études Théâtrales de la Sorbonne Nouvelle Paris III. A encenação mistura projeções de vídeos e áudio, dança e narração. A produção teve sua estreia em Paris, durante o Festival des Cultures de la Sorbonne Nouvelle Paris III, seguido de apresentações na Biblioteca Assia Djebar e no Teatro da Maison du Brésil em fevereiro de 2024.

Na versão que será apresentada para a reabertura do Teatro Joaquim Cardozo, Hélio Pajeú será acompanhado pelo pianista e professor Antônio Nigro, que ministra a disciplina de piano no Departamento de Música da UFPE, com arranjos de Ruti Freitas sobre frevos tradicionais do carnaval de Pernambuco para o piano. A operação de luz será executada pela arte-educadora e atriz Maria Creuza Oliveira e a projeção de vídeos por Jackson Quintella, ambos servidores da Supercult.

Currículos

Antonio Nigro é bacharel em Piano pela Universidade Federal de Pernambuco, mestre em Pedagogia do Piano com ênfase em Performance Pianística pela Martin-Luther-Universität Halle-Wittenberg (Alemanha) e doutor em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento pela Universidade Federal de Pernambuco. Foi bolsista da Capes e do Programa Internacional de Bolsas de Estudos - Elgin Roth Stipendium (primeiro bolsista do programa). Idealizador do Música no Memorial. É coordenador de formação e produção cultural da Superintendência de Cultura da UFPE.

Hélio Pajeú é ator, bailarino (aposentado) e professor. Possui pós-doutorado em Estudos Teatrais pela Université Sorbonne Nouvelle - Paris III, doutorado e mestrado em Linguística e graduação em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela Universidade Federal de São Carlos. É professor do Departamento de Ciência da Informação do Centro de Artes e Comunicação da UFPE e ocupa o cargo de diretor de Artes da Superintendência de Cultura da UFPE. Atualmente, é aluno no curso de licenciatura em Teatro da UFPE.

Expo Bicc

No mesmo dia, o Instituto de Arte Contemporânea (IAC), localizado no Centro Cultural Benfica, também recebe a segunda parte da exposição dos trabalhos resultantes das Bolsas de Incentivo à Criação Cultural (Bicc), a Expo Bicc, vinculada à edição 2023 do projeto. A Bicc foi idealizada para incentivar a criação de projetos culturais que contribuam para a formação dos estudantes, promovendo a diversidade e o acesso à cultura na comunidade acadêmica e na sociedade. O fomento é direcionado a estudantes de graduação da UFPE para estimular a criação e difusão de ações inéditas de valor artístico e cultural, dentro e fora dos espaços da Universidade.

A Expo Bicc apresenta obras de artes visuais e teve início na Galeria Capibaribe, em julho, no Centro de Artes e Comunicação (CAC). A partir desta sexta-feira, a mostra ocupará as galerias do IAC, com trabalhos inéditos e alguns que estiveram em mostra na Capibaribe. Participam da exposição coletiva os estudantes artistas: Alice Ramos Lobo, Ana Júlia Ribeiro, Antônio Marcos, Dandan, Juliana Araújo e Silva, Lina Alves de Souza, Mavinus e Naywá Moura. A estará aberta para visitação, gratuita, até o dia 31 de outubro, de segunda a sexta, das 9h às 18h.

 

Data da última modificação: 29/08/2024, 11:21